Tradução: Pessoas que AINDA vivem como se fosse 1951

Sim, é verdade, o blog mudou de 'look', mas continua por aqui :)

Hoje, trago a tradução de um artigo do "Daily Mail" sobre a comunidade "rockabilly" nos Estados Unidos. Aqui está ela:

Pode ser 2014 para nós, mas, para as pessoas nas fotos de Jennifer Greenburg, ainda é 1951. A professora assistente de Fotografia, na Universidade do Noroeste, no Estado do Indiana, tem vindo a fotografar a comunidade Rockabilly americana há mais de dez anos; pessoas que não se vestem apenas como nos anos 50, mas também se deslocam em Cadillacs em perfeito estado de conservação e decoram, as suas casas de uma forma que rivaliza com os cenários de "Mad Men".

"No início, pensei que esta cultura era baseada na moda", disse a fotógrafa de 36 anos ao MailOnline. "Depois, percebi que é muito, muito mais do que isso. Trata-se de uma cultura que funciona como uma comunidade para quem a segue".



Desde banqueiros e operários até professores e médicos, Greenburg diz que "não é um tipo específico de pessoaque se junta à comunidade "rockabilly". Alguns membros vivem dentro daquela cultura, mas a maioria tem o mesmo tipo de trabalhos que todos nós. Não existe uma tendência especial", explica. "Alguns, quando vão trabalhar, usam roupas que os fazem passar despercebidos entre as maiorias, outros não. Alguns têm uma forma de vestir híbrida, que é mais leve e não se identifica necessariamente com os anos 50".

Jennifer realça que, afinal de contas, a moda não mudou radicalmente nos últimos 65 anos. "Uma saia-lápis, hoje em dia, é igual às dos anos 50. A única diferença é que aquelas que compramos agora devem ter sido feitas na China e não devem sobreviver a três lavagens".

É por este gosto pela qualidade que Greenburg acredita que a comunidade "rockabilly", espalhada por quase todas as cidades, se sente mais atraída: o design alegre e a beleza funcional dos mobiliários, roupa e as coisas mais mundanas dos anos 50.

"Os meados do século XX, nos Estados Unidos, foram uma época em que o design estava no seu apogeu", afirma. "Tudo o que existia nos Estados Unidos era idealizado e feito por um designer industrial que se debruçava sobre não só a funcionalidade, mas também o aspeto de cada objeto.



"Não existia aquela cultura descartável do 'Made in China' que existe agora. Quando comprávamos uma torradeira, ela durava durante décadas e era sempre bonita. Se tivesse algum problema, era consertada. Não atirávamos para a lixeira e íamos a correr a uma grande superfície comercial comprar uma nova. Sim, até as torradeiras tinham um design alegre!"

Greenburg acredita que esta comunidade que documentou, normalmente, anseia por esse tipo de alegria que se perdeu no século XXI. "Acredito que a felicidade é o principal trabalho a tempo inteiro. Ter uma vida que se assemelha, visualmente, aos anos 50, ajuda a tornar as coisas mais fáceis", alega.

Desde consertar as ligações de um candeeiro até coser um vestido de festa descosido, Greenburg acrescenta que a maior parte dos verdadeiros participantes da cultura sabem reparar e restaurar a maior parte das coisas que possuem.

"Não é tão fácil como entrar num shopping e comprar um "look" tirado de um cabide", diz. "Os Rochabillies levam a preservação muito em conta, como base da sua própria vida... e a cultura já existia muito antes de ser normal 'reciclar'".


Greenburg, que coleciona roupa e joias vintage desde criança, diz que começou com este projeto porque ela própria participa bastante nesta cultura, "como em qualquer outra".
"Quando me tornei adulta, comecei a encontrar jovens que gostavam das mesmas coisas que eu", diz. "No começo, pensei que era apenas moda. Depois, mergulhei mais fundo e descobri a subcultura que é".
Acrescenta que, antes de fotografar as pessoas da comunidade "Rockabilly", teve de conhecê-las bem.
"Sou amiga, não sou uma turista. Comecei a conhecer melhor as pessoas e foi assim que o projeto aconteceu", explica. "Também foi por isso que demorei dez anos. Senti que a confiança e compreensão mútuas eram essenciais. É por isso, por essa confiança, que as imagens têm tanto sucesso".


As crianças que crescem dentro da cultura "rockabilly" (incluíndo o menino com o chapéu de cowboy) parecem amar o seu estilo de vida excêntrico.
"Normalmente, não gostam do Justin Bieber, o que, na verdade, é estranho para os seus colegas", diz Greensburg, que mantém contato com muitos dos seus "modelos", chegando a passar o Ano Novo com a família que fotografou na frente da televisão.

"Descobri que me tornei parte de algo maravilhoso", diz. "Tenho um amigo em cada cidade americana, a quem posso ligar hoje e visitar amanhã. Esses amigos, abrem as portas das suas casas para mim e ajudam-me em tudo o que eu precisar - uma risada, um copo de água, um ombro para chorar... Tal como apenas os melhores amigos fazem".

Quem quiser ler o texto original e ver mais fotos e um vídeo, é só entrar em http://www.dailymail.co.uk/femail/article-2543580/The-people-STILL-living-like-1951-Captivating-portraits-look-inside-Americas-Rockabilly-community.html .

Comentários

  1. Eu acho isso tudo muito louco... Não não louco no sentido de pirado, mas um "louco" legal, de ficar impressionada como essas pessoas conseguem viver assim, é um estilo de vida que merece ser aplaudido. Realmente hoje as coisas são tão mais descartáveis, a gente só consegue visualizar isso quando compara com como era antes...

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  2. É muito interessante esse post, eu não sabia que existia essa comunidade, minha Mãe conhece os anos 50.

    http://www.1marcos1.blogspot.com.br

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  3. Oie tudo bem?
    Nossa adorei o post, queria tb fazer parte dessa comunidade, que legal!! viver nos anos 50 deveria ter sido o máximo, é uma pena que nasci bem depois kkkkk nos anos 80 kkkk mas eu gostei de saber que ainda preservam a cultura e tudo mais dos anos 50 nessa comunidade =)
    Bjs!!

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  4. Amei teu blog, é de mto bom gosto! :D Não sei como não encontrei ele antes!

    Quanto a comunidade é a coisa mais exótica e genial da nossa sociedade, e é uma coisa que gosto dos nosso tempos atuais: Em qualquer tempo que você alimente uma paixão maior, existe uma comunidade, como um universo paralelo da qual você pode mergulhar e modificar completamente sua realidade. Coisa que possivelmente na década 50 de fato não existia. Melhor mesmo se houvesse uma volta ao passado, por ao menos uma noite como em Meia Noite em Paris :) Eu acho que ia dar um role nos anos 50, depois nos 40 e assim por diante, hahahahaha

    Bjo!

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  5. CARMBA, amei! Não sabia que a comunidade rockabily era assim... apaixonada :3

    Beijos! http://sugar-dance.org/blog

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