[Diva do Dia] Elizabeth Taylor


Para uns, uma das mulheres mais belas e talentosas de sempre, vencedora de vários Oscars; para outros, uma mulher temperamental,  caprichosa e destruidora de lares, viciada em homens, luxo, drogas e álcool; para outros ainda, grande ativista na luta contra o vírus do HIV (desde a morte do seu grande amigo Rock Hudson); ainda para outros, a melhor amiga do "rei da pop" Michael Jackson.

Ame-se ou odeie-se, seja qual for a ideia que temos dela, uma coisa é incontestável: Elizabeth Rosemund Taylor, com sua beleza etérea e olhos cor de violeta (resultado de uma felicíssima mutação genética) foi uma das maiores divas de sempre de Hollywood e, como tal, possui o seu lugar cativo aqui no blog. Mais uma diva com uma vida disfuncional, cujas frustrações canalizava

Nesse post, postei a tradução de uma entrevista atual de Debbie Reynolds, que era a melhor amiga de Taylor e perdeu o marido - Eddie Fisher - para ela, assume que a perdoou, pois era impossível não gostar dela. Nas palavras de Debbie, "não era fácil odiar a Elizabeth. Ela era, realmente, uma pessoa amorosa e generosa. Só era necessário esconder o marido na garagem, caso ela nos visitasse".
Eddie Fisher, Liz Taylor e Debbie Reynolds, triângulo amoroso na vida real 

Mas, afinal, quem era essa mulher polemica e cheia de contrastes, que tanto provocava ódio quanto amor?

Nascida em Londres, no dia 27 de Fevereiro de 1938, a bela Liz (como é conhecida, até hoje), filha de uma aspirante a atriz e de um negociante de arte de sucesso, mudou-se com os pais para os Estados Unidos com sete anos, tendo começado a sua carreira apenas três anos depois. Sem conseguir alcançar o tão almejado êxito como atriz, a mãe, Sarah Taylor, transferiu os seus sonhos para a filha, forçando-a a ingressar no mundo do cinema.


A pequena Liz Taylor no seu primeiro sucesso, com a célebre cadela Lassie

Com 18 anos, ficou perdida de amores por Montgomery Clift, com quem contracenava. No entanto, o casamento com que tanto sonhava nunca aconteceu: Clift era gay; no entanto, os dois permaneceram amigos, durante muitos e muitos anos. Liz chegou a salvar a vida de Clift, quando ele teve um grave acidente de automóvel e ela o socorreu.

Entretanto, Elizabeth se envolvei com Conrad Hilton Jr., herdeiro dos hoteis Hilton (sim, isso mesmo, tio de Paris Hilton). Louca para se livrar das pressões da mãe e do trabalho, Taylor casou com Conrad. Foi o primeiro de sete casamentos.
Volento e viciado no jogo. Conrad estava longe de ser o marido com que Liz havia sonhado, pelo que 8 anos depois do casamento, saiu o divórcio e o seu grande apoio foi o amigo Montgomery Clift.
Com Montgomery Clift

Logo depois, fragilizada pelo divórcio, acabou por se envolver com o seu colega de elenco de "Ivanhoe", o ator britânico Michael Wilding, que era casado e tinha mais 20 anos do que ela. Wilding acabou por se divorciar e, 2 meses depois, casou com Liz, com quem teve dois filhos.

No entanto, a diferença de idades e o sucesso de Elizabeth, em oposição ao declínio da carreira de Michael e consequente alcoolismo dele, acabaram por ditar o final do casamento.

Tempos depois, acontece a terceira união: com o produtor Mike Todd, com quem teve uma filha e viveu um casamento intenso, conturbado, e, curiosamente, feliz. Em paralelo, estreitaram uma grande amizade com o casal Eddie Fisher e Debbie Reynolds. Os dois casais eram inseparáveis.

No dia 21 de Março de 1928, com mais um dos seus problemas de de saúde (Elizabeth possuía uma saúde frágil, que viria a afetar, inclusive, o seu trabalho em "Cleópatra"), a diva não pode partir numa viagem com o marido, no seu avião particular, chamado "The Liz". Foi a última vez que ela viu Mike Todd. O avião caiu, provocando a morte dele.

Devastada, Liz entregou-se ao álcool, entrou em depressão e acabou por encontrar conforto nos braços de Eddie Fisher, o marido da sua melhor amiga, também desolado com a morte de Mike, seu melhor amigo. Ao mesmo tempo, terminou as filmagens de "Gata em Telhado/Teto de Zinco Quente", aproveitando para emprestar à personagem toda a intensidade do seu sofrimento, o que lhe rendeu uma nomeação para o Oscar de Melhor Atriz.
Com Paul Newman, em "Gata em Teto/Telhado de Zinco Quente"

A notícia do romance entre Liz e Eddie caiu como uma bomba e os jornais apelidaram-na de "destruidora de lares" e "viúva negra". Debbie expulsou Eddie de casa e assim se proporcionou o quarto casamento de Elizabeth Taylor, apenas duas horas depois de oficializado o divórcio. Irritada com o assédio da imprensa, Taylor declarou: "O Mike morreu. Queriam o quê? Que eu dormisse sozinha?" Mais uma vez, a maldição de Liz caiu sobre o novo marido: a carreira de Eddie começou a decair e ele acabou por se tornar apenas uma sombra dela, seu braço direito, que a ajudava a criar os filhos dos outros casamentos.

Foi então que Elizabeth foi chamada para protagonizar o filme "Cleópatra". Desinteressada, disse ao seu agente que pedisse um cachê de um milhão de dólares, pois jamais aceitariam pagar uma quantia tão alta. Contudo, para sua grande surpresa, os estúdios MGM acederam ao seu pedido... e foi assim que Liz protagonizou um dos mais famosos filmes da sua carreira. Sem querer. Literalmente :)
Mais uma vez, contudo, a sua saúde começou a dar problemas. Durante as filmagens, uma grave pneumonia deixou-a entre a vida e a morte. A sua luta pela sobrevivência e posterior retorno às gravações transformaram-na numa verdadeira heroína aos olhos do público. Liz não era mais a "destruidora de lares", mas sim a grande atriz cuja força de vontade a fez voltar ao cinema com todo o esplendor, mesmo depois de quase morrer.
Com Richard Burton, em "Cleópatra"

Foi em "Cleópatra" que Liz conheceu Richard Burton (que viria a ser seu quinto - e sexto! - marido), o grande amor da sua vida, que, tal como ela, também era casado. Os rumores começaram a correr soltos, até que Eddie a confrontou e ela assumiu o caso com Richard. O escândalo foi tão grande que até o Papa a acusou publicamente. A fama de "destruidora de lares" voltou a cair sobre ela e mais um divórcio e um casamento se seguiram... e, mais um casamento intenso.
Tal como o seu segundo marido, Michael Wilding, também Burton também era viciado em álcool e ela acabou por acompanhá-lo, o que levou a sérios momento de violência e problemas no trabalho. 10 anos depois, ocorreu o divórcio. No entanto, menos de dois anos depois, acabaram por casar novamente. Seria o sexto casamento de Taylor, que, no entanto, duraria apenas alguns meses, graças ao envolvimento de Burton com uma modelo. A "destruidora de lares" provava, agora, do seu próprio veneno.

Esse não seria, no entanto, o seu último casamento. Logo depois, conheceu o político John Warner, cujo charme a cativou e com quem acabou por casar, pouco depois, afastando-se da vida de atriz. No entanto, em breve se cansou da condição de "mulher de político".
 
Com John Warner, na capa da revista People 

Acabou por procurar consolo na comida e na bebida, o que a fez engordar terrivelmente. Finalmente, voltou a atuar e acabou por perder o peso a mais, encontrando uma nova paixão na sua vida: o teatro... e saiu mais um divórcio. Mais uma vez, caiu nos braços de Richard Burton, com quem protagonizou uma peça de teatro... mas, dessa vez, resistiu a mais um casamento (embora, anos mais tarde, tenha afirmado que casaria com ele quantas vezes fossem necessárias).

Logo depois, Elizabeth viria a viciar-se em analgésicos, já que a sua saúde se deterioriava cada vez mais, e acabou por ser internada numa clínica de reabilitação. Pouco depois de sair, recebeu uma notícia devastadora: Richard Burton tinha acabado de falecer, vítima de uma hemorragia cerebral.
 Pouco depois, um dos seus maiores amigos, Rock Hudson, também morre, vítima de AIDS(SIDA). A partir de então, Elizabeth resolveu dedicar a sua vida a uma causa: a luta contra a doença que vitimou o amigo.

Mais uma vez internada na clínica de reabilitação, conheceu um carpinteiro, bem mais jovem, por quem se apaixonou. Foi o seu último casamento. Não deu certo e Liz jurou não voltar a casar. Cumpriu a jura.

Depois de vários problemas de saúde, Elizabeth Taylor viria a falecer em 2011, de insuficiência cardíaca. Mas o seu legado tornou-se inesquecível.

Comentários

  1. Actriz lindíssima... :D
    Deixa-me aproveitar, oh Maria! xD

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  2. Essa mulher foi sinônimo de beleza, elegância e talento <3 Bom fim de semana flor. Bjss! xxx

    vintagepri.blogspot.com

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  3. Linda demais, parabéns pelo lindo post!
    Beijokas da Cris

    http//:www.mixdacrisretro.com

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  4. Muito diva mesmo, uma inspiração!

    Beijos, Jell & Marcelo
    www.urbanoeretro.com.br

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